Números arrasam<br>portagens nas SCUT
Os primeiros dados oficiais divulgados depois do fim das isenções e descontos para empresas e residentes em sete ex-SCUT mostram a enorme quebra no tráfego provocado pela medida e lançam a dúvida sobre a sua rentabilidade. Segundo números apurados pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), divulgados pela Lusa, a Via do Infante (A22), no Algarve, e as concessões Interior Norte (A24), Beira Interior (A23) e Beira Litoral Alta (A25) registaram, entre Outubro e Dezembro de 2012, quebras na circulação de 44,4 por cento, 31 por cento, 35,8 por cento e 27,9 por cento, respectivamente.
Comparando os dados relativos ao último trimestre do ano passado com igual período de 2011, o IMT verificou idêntico cenário nas três antigas SCUT do Norte, embora, nestes casos, com cifras menores – 9,5 por cento no Norte Litoral, 10,3 por cento na Costa da Prata e 12,2 nas auto-estradas do Grande Porto.
Face às estatísticas, a agência de notícias nacional questionou a Estradas de Portugal sobre o montante arrecadado com a introdução de portagens nas referidas vias de comunicação e obteve como resposta que a empresa pública amealhou 153 milhões de euros em 2012. A questão é que a cobrança custou 50 milhões de euros, ou seja, um terço do total, isto somando a manutenção dos 77 pórticos electrónicos e outros equipamentos e recursos humanos e técnicos.